Qual é a Tecnologia Mais Rentável para Gerar Eletricidade?
Para comparar as diversas alternativas disponíveis, utiliza-se o conceito de custo nivelado da eletricidade (LCOE — Levelized Cost of Electricity), que considera todos os custos associados ao longo da vida útil da instalação: investimento inicial, operação e manutenção.
Cabe esclarecer que este indicador não considera aspectos como intermitência, proximidade ao consumo ou flexibilidade operacional, mas apenas o custo econômico equivalente para gerar 1 MWh.
Quais Tecnologias Têm o LCOE Mais Baixo?
A última análise da ACEEE apresenta o LCOE de diversas tecnologias de geração elétrica a nível mundial. Nesse comparativo, é interessante observar que tanto a energia eólica quanto a solar fotovoltaica são mais competitivas que muitas fontes não renováveis, superando inclusive os tradicionais ciclos combinados a gás natural (considerando GN a 4 USD/MMBTU) e as usinas termoelétricas a carvão, amplamente utilizadas globalmente.
No entanto, existe uma alternativa ainda mais competitiva: a Eficiência Energética (EE).


A Energia Mais Barata é a que Não se Consome
Segundo nossa experiência em mais de 1.000 oportunidades energéticas analisadas, comprova-se que a energia mais econômica é aquela que não se consome. É mais rentável investir em economia de energia do que em geração, independentemente da tecnologia empregada.
Em termos de LCOE, a eficiência energética apresenta um intervalo de 4 a 34 USD/MWh, posicionando-se abaixo de qualquer tecnologia de geração elétrica disponível.
Como se Aplica a Eficiência Energética na Indústria?
A eficiência energética abrange uma variedade de tecnologias, práticas e medidas de gestão adaptadas a cada processo produtivo. As oportunidades podem ser agrupadas em diferentes categorias conforme seu investimento e retorno:
Práticas Operacionais e Grupos de Melhoria Contínua (GMC)
Representam oportunidades de investimento muito baixo ou nulo, com altíssima rentabilidade. Embora as economias individuais possam ser menores, o baixo custo associado permite alcançar LCOE de até 4 USD/MWh, com retornos inferiores a 12 meses.
Dentro deste grupo destacam-se:
Práticas operacionais simples
Monitoramento de consumos
Sistemas de controle e automação
Essas oportunidades frequentemente são negligenciadas por falta de informação, mas são as primeiras que deveriam ser abordadas a partir de um Diagnóstico Energético ou mediante a implementação de um Sistema de Gestão de Energia (SGE).
Melhores Práticas (BAP) e Melhores Tecnologias (BAT)
Incluem investimentos em tecnologias de eficiência energética com economias significativas e retornos médios de 24 meses.
Destacam-se:
Instalação de Variadores de Frequência (VFD)
Melhorias em equipamentos eletromecânicos e processos térmicos
Recuperação de calor residual
Essas oportunidades requerem estudos de engenharia prévios e são categorizadas como projetos de investimento energético.