Situação Anterior
Uma reconhecida empresa agroindustrial operava seu sistema de ar comprimido industrial com três compressores de parafuso lubrificado, que, em conjunto, demandavam uma potência de 410 kW. Durante o diagnóstico energético realizado pela ENEF, foi identificada uma situação crítica: o sistema apresentava mais de 400 vazamentos de ar comprimido, representando aproximadamente 40% da vazão total gerada. Essa condição gerava um desperdício energético significativo e uma maior carga operacional sobre os compressores, obrigando-os a trabalhar mais horas e em altas potências para compensar essas perdas.
Além disso, foi constatada a ausência de um sistema de controle mestre centralizado para os compressores, o que fazia com que os equipamentos operassem de forma independente, frequentemente em cargas parciais e com rendimentos abaixo dos níveis ideais. Essa configuração causava um consumo energético desnecessário, maior desgaste mecânico e dificuldades para se adaptar de maneira eficiente às variações de demanda do sistema.
Nesse cenário, a empresa enfrentava baixo desempenho energético em seu sistema de ar comprimido, altos custos operacionais e a necessidade iminente de incorporar um novo compressor para futuras ampliações produtivas.
A Solução
A ENEF implementou uma estratégia integral focada em dois aspectos principais. Por um lado, foi realizada uma campanha abrangente de detecção e reparo de vazamentos de ar comprimido, intervindo nos pontos críticos da rede e solucionando mais de 300 vazamentos significativos. Essa ação permitiu uma redução considerável nas perdas de ar, melhorando o aproveitamento da vazão gerada e otimizando o sistema.
Paralelamente, foi instalado um avançado sistema de controle mestre para os compressores, que gerencia automaticamente a alocação de carga e a sequência de operação dos equipamentos. Esse sistema se adapta em tempo real às variações de demanda, garantindo que cada compressor opere sempre em seu ponto de máxima eficiência energética.
Graças a essas melhorias, foi possível reduzir o consumo médio de ar comprimido de 75 para 52 m³/min FAD, otimizando o desempenho geral do sistema e permitindo desligar um dos compressores, que passou a atuar como equipamento reserva. Dessa forma, evitou-se a aquisição de um novo compressor, melhorando a eficiência energética do sistema e reduzindo significativamente os custos operacionais.