Situação Anterior

Em uma empresa sucroenergética, as caldeiras instaladas — que em conjunto produzem mais de 750 toneladas por hora de vapor para abastecer tanto os processos industriais quanto as turbinas de geração de energia elétrica — apresentavam desalinhamentos no controle da combustão. Durante as análises operacionais, foram detectados valores elevados de excesso de ar nos gases de combustão e, em determinadas condições de carga, concentrações significativas de monóxido de carbono (CO). Essa situação refletia uma combustão incompleta e um uso ineficiente do combustível, com perdas energéticas associadas ao aquecimento desnecessário do ar excedente e uma diminuição da capacidade de geração de vapor disponível para as turbinas.

A Solução

A ENEF realizou a implementação de um novo sistema de controle de combustão em malha fechada, incorporando sensores de O₂ e CO de alta precisão, instalados estrategicamente nas saídas de gases das duas caldeiras de bagaço. Esse sistema permite realizar um ajuste automático e contínuo da relação ar-combustível, otimizando a combustão em tempo real de acordo com as condições de carga e qualidade do bagaço disponível.

A regulação precisa desses parâmetros evita as perdas energéticas associadas ao excesso de ar e elimina a formação de CO decorrente de misturas pobres em oxigênio em determinados pontos da câmara de combustão. Graças a essa otimização, conseguiu-se aumentar a eficiência térmica das caldeiras em 1,5%, o que, para o mesmo consumo de combustível, permite gerar uma maior quantidade de vapor disponível para processos e geração elétrica.

Esse aumento de eficiência se traduz em uma melhora direta na capacidade de geração de energia nas turbinas, assim como em uma redução das emissões de gases poluentes, colaborando também com as políticas ambientais da planta.

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