Polpa e papel
Eficiência energética no setor de papel
Indicadores para o setor


Economia de energia


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A indústria de celulose e papel está entre os setores industriais mais intensivos em consumo energético, especialmente devido à elevada demanda de vapor e eletricidade nos processos de digestão, lavagem, secagem e conversão. A nível global, este setor representa aproximadamente 6% da energia total utilizada pela indústria manufatureira, e estima-se que em algumas plantas de celulose o consumo energético possa representar até 20% do custo total de produção.
As oportunidades de eficiência energética nesta indústria concentram-se principalmente na otimização dos sistemas térmicos e elétricos, com foco na cogeração de energia e vapor mediante biomassa. As plantas modernas conseguem suprir até 95% do seu consumo energético por meio de caldeiras de biomassa, utilizando casca, lodo de fibra e licor negro como combustíveis. A cogeração nessas instalações permite alcançar eficiências energéticas superiores a 75%, muito acima dos 50% a 55% das plantas que geram energia e vapor de forma separada.
A eficiência das caldeiras de biomassa depende em grande medida da qualidade dos combustíveis, da operação dos sistemas de alimentação, da otimização dos excessos de ar e da recuperação de calor nos gases de combustão. A incorporação de economizadores e pré-aquecedores de ar permite recuperar parte da energia térmica residual, alcançando aumentos de eficiência de 4% a 6% na operação das caldeiras.
O sistema de vapor é outro eixo crítico. A gestão de pressões ótimas, a recuperação de condensado e a minimização das purgas são práticas essenciais para reduzir o consumo de combustível. Plantas com sistemas bem otimizados conseguem recuperar mais de 85% do condensado gerado, reduzindo assim a demanda de vapor fresco e o consumo de água de reposição.
Nos sistemas auxiliares, como ar comprimido, estima-se que represente entre 8% e 12% do consumo elétrico de uma planta de celulose e papel.
As principais oportunidades encontram-se na detecção e reparo sistemático de vazamentos — que podem chegar a até 30% das perdas —, na redução das pressões de operação e na incorporação de compressores com variadores de frequência (VFD) que ajustam o consumo energético à demanda real.
O sistema de vácuo, utilizado nas seções de formação e prensagem, também consome uma proporção significativa de energia elétrica. A modernização das bombas de vácuo, a redução das perdas por vazamentos em tubulações e a otimização dos níveis de vácuo conforme os requisitos reais de cada máquina podem proporcionar economias da ordem de 10% a 20%.
Quanto aos sistemas de bombeamento e ventilação — empregados em processos de lavagem, transporte de celulose e ventilação de áreas úmidas — a implementação de variadores de velocidade, a seleção adequada de bombas e ventiladores de alta eficiência e o correto alinhamento dos fluxos às necessidades do processo permitem reduzir o consumo energético entre 15% e 25%.
Por sua vez, a secagem do papel é um dos processos com maior demanda térmica na indústria, representando até 70% do consumo de vapor da planta. As oportunidades de eficiência energética nessa etapa incluem a melhoria no controle dos perfis de vapor e temperatura, o uso de capôs de secagem de alta eficiência, a recuperação de calor do ar de exaustão e a implementação de sistemas de secagem híbridos que combinam vapor com ar quente reciclado.
Finalmente, a digitalização energética, por meio da incorporação de sistemas de monitoramento em tempo real e plataformas de gestão de energia, permite detectar desvios, sobreconsumos e oportunidades de melhoria contínua em cada etapa do processo, gerando benefícios sustentados entre 5% e 15% do consumo energético total.
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